O Primeiro Gueto Do Mundo

O Primeiro Gueto Do Mundo

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Ostenta, que, a duvidosa honra de que teu nome tornou-se sinônimo de segregação. Os judeus só podiam sair desse recinto no decorrer das horas diurnas e somente levando um gorro de cor amarela que lhes distinguiera como hebreus. Através da meia-noite até o amanhecer, estavam obrigados a ficar trancados naquele perímetro, cujas duas únicas portas de acesso foi considerado crime capital eram ocupadas por guardas cristãos, pra que a própria comunidade hebraica foi muito obrigada a pagar. Barbara Do Mercado, membro Dos 500 anos do Gueto de Veneza, o comitê hebraico da cidade dos canais, com motivo de tão significativo aniversário.

Giuseppe Balzano, membro de Beit Venezia, uma agregação independente que se dedica a promover o raciocínio, a arte e a cultura judaicas. Não deixa de ser irónico que o Palácio Ducal de Veneza, de onde saiu o decreto pra confinar os judeus, lhes render nesta ocasião homenagem.

Entretanto bem como é verdade que a decisão da Serenissima de fazer o gueto teve lugar em uma etapa de decadência e instabilidade econômica. Sempre que Portugal optaba em 1492 na expulsão dos judeus, Veneza -muito à italiana – decidiu eliminar e acrescentar os hebreus, cujos serviços e precisava de dinheiro.

O gueto veneziano, mesmo sendo ignominioso, atraiu, não obstante, incalculáveis judeus que procuravam um espaço seguro pra viver. Um decreto de 2 de junho de 1541 abriu, a título de exemplo, as portas do gueto pros chamados levantinos, os judeus espanhóis expulsos que se tornaram súditos do império otomano.

Davide Curiel, de 56 anos, é descendente de um desses judeus espanhóis, como proclama o seu nome. Praça do Gueto, junto ao museu hebraico. Porque o gueto, habitualmente ninguneado por turistas que chegam a Veneza, ficou nos últimos anos em uma meta de peregrinação para milhares de hebreus.

Israel. Ele leva a maioria negra, a calça preta e a camisa branca, o uniforme, distintivo dos judeus ortodoxos, como outros muitos os turistas que movimentam a região. Davide Curiel. Atestam os inúmeros negócios de lembranças tipicamente judeus que desabrocharam no gueto nos últimos anos.

Ou o restaurante Kosher, que abriu as tuas portas. Ou a padaria do bairro, que anuncia a especialidade: “Doces judeus”. O gueto, apesar de todas as restrições que sofria, teve uma próspera existência cultural. A prova é que de lá saíram obras de importantes intelectuais como Leon Modena, Sara Copiar Sullam ou Simone Luzzatto.

  • 13:06 Susso ->já que eu te pergunto o de van persie e sua hipotetico combate com zanetti de novo
  • Qual é a velocidade máxima que atingiu um artefato
  • 1 Decreto de Anistia de 2007
  • Viola um dos pontos do que O que a Wikipédia não é

O respectivo Henrique VIII de Inglaterra, que se dirigiu pros estudiosos do gueto, em procura de pretextos religiosos a respeito de os quais sustentar teu divórcio de Catarina de Aragão. E em Veneza foi impressa entre 1520 e 1523 o primeiro Talmud (principal livro do judaísmo) da história.

Não imprimiu nenhum judeu, em razão de não se lhes permitia trabalhar como impressores. Foi um avispado católico que viu que lá tinha negócio: Daniel Bomberg. A terceira porção de todos os livros hebreus impressos na Europa até 1650, foram em Veneza. Com a grande epidemia de peste que sofreu Veneza, em 1631, começou o declínio da Serenissima e também o de tua comunidade judaica.

A epidemia levou por diante um milhar de 5.000 hebreus que viviam no gueto. No momento em que, em 1938, Mussolini promulga as leis raciais, em toda Veneza viviam 1.670 judeus. Em nove de setembro de 1943, as tropas alemãs tomaram o controle de Mestre e de Veneza, pelo que a partir desse momento, as leis raciais foram interpretadas perante o prisma nazista da “solução conclusão”. E todos sabemos o que isso significava. Seu gesto foi em irão. Dos 8.000 judeus italianos deportados pelos nazistas em campos de concentração, no mínimo, duzentos eram de veneza ou provenientes de Veneza, incluindo o rabino chefe de Veneza, Adolfo Ottolenghi.